“Especialistas de la Clínica Universidad de Navarra realizan por primera vez
la reparación del ligamento cruzado anterior utilizando para ello el propio
ligamento lesionado” – Marca newspaper, 24th April 2015
Diagnóstico: ruptura do ligamento cruzado anterior. Uma frase para começar a tremer. É, sem dúvida, uma das lesões mais graves que o joelho de um jogador de futebol e de qualquer atleta em geral pode sofrer. O período de recuperação é longo, meio ano, até um pouco mais, dependendo da evolução de cada paciente. Exemplos recentes são Javi Martínez, que está lá há oito meses, e Ricky Rubio, nove.
Mas a ciência avança. Agora começam a aplicar em Espanha – estão a operar há vários meses – novas técnicas neste tipo de cirurgia. Especialistas da Clínica Universidad de Navarra realizam pela primeira vez o reparo do ligamento cruzado anterior usando o próprio ligamento lesionado. Até agora, o tratamento convencional substituiu o ligamento rompido por um enxerto de tecido do próprio paciente (tendão patelar ou tendão do pé de ganso) ou outros obtidos de doadores.
ANDRES VALENTI
“O tratamento é baseado no potencial de cicatrização do próprio ligamento”
“Até agora, não havia sido possível costurar sistematicamente o ligamento. Mas agora sim. Se mantiver a sua, mantém a sua percepção do joelho e do ligamento, sendo deles próprios, em princípio, amadurece mais rápido e, teoricamente, com uma boa recuperação, poderá reincorporar o atleta à sua atividade um pouco mais cedo. Essa é a ideia. O tratamento baseia-se no potencial de cicatrização do próprio ligamento”, explica o Dr. Andrés Valentí, especialista em Cirurgia Ortopédica e Traumatologia da Clínica Universidad de Navarra.
A nova técnica, desenvolvida por uma equipe de cirurgiões suíços – o pai é o Dr. Stefan Eggli – é particularmente adequada para o tratamento de pacientes atléticos. “Há casos em que os suíços reintegraram depois de cinco meses, mas são prudentes. Para encurtar os tempos, é preciso que o ligamento se una bem e haja uma boa recuperação funcional e muscular. Com esta nova técnica, abre-se a porta para poder reduzir os prazos, mas deve ser desenvolvida ao longo do tempo”, afirma o Dr. Valentí.
Menos problemas
Daniel Aróstegui rompeu os dois ligamentos cruzados anteriores. Um, interveio com cirurgia convencional; e outro, com a nova técnica. “A diferença que notei foi na recuperação. Depois da primeira cirurgia tive problemas: infecção, rejeição e fiquei um ano e meio sem poder jogar futebol. Agora, com o novo procedimento, em quatro meses eu estava na academia, pedalando e correndo. Além disso, como a recuperação é muito rápida, os músculos não atrofiam”, diz.